3V do Big Data serviriam para Infovis?
Lendo este artigo do Stephen Few e os comentários, não tenho como não concordar com ele.
Nos cursos e nas consultorias deparo-me com muitas pessoas mais preocupadas com os dados em si, como se sua existência fosse suficiente para que se conseguisse tomar decisão.
Também acredito que o Big Data é mais marketing do que algo ‘novo’. Dados são dados e sempre existiram.
A diferença agora é que somos capazes de armazená-los, associado á pretensão dos softwares de big data de conseguirem, por si só, determinarem relações, correlações.
Big Data virou um milagre: aperte o botão e você terá as respostas (LÓGICO que não é bem assim, mas na essência, é a expectativa que esses sistemas criam).
E em big data fala-se muito dos tais 3V que os define:
Os 3V do big data
Volume: Quanto mais melhor. Você armazena tudo.
Velocidade: Com a quantidade de dados, certamente você precisa ter acesso aos dados rapidamente.
Variedade: Não são somente dados de vendas, é tudo: temperatura da loja e se bobear, a foto do cliente quando entrou lá.
Será que esses 3V se aplicariam quando falamos de Visualização? Porque engana-se quem acha que big data é visualização/infovis. Não É.
Se pudermos situar a Visualização de Informação ela estaria no ‘topo’ do big data. Ele é o provedor dos dados (e informação, vá lá) que deverá ser explorado.
De forma simplista, é como se os dados fossem calcáreo, gesso e clínquer. O big data seria o cimento, isto é, faria a composição básica e a visualização seria a casa construída.
Se você não sabe o que quer, de nada adianta um big date estar á sua disposição com terabytes de informação.
Então, analisando os 3V aplicados à Infovis/Visualização, minha visão seria:
Volume: quanto mais, pior. O objetivo da visualização é facilitar na tomada de decisão, o desafio é exatamente este: resumir um grande volume de dados em pequenas partes que, juntas, possam fazer sentido ao leitor.
Velocidade: pelo contrário. A criação de um dashboard demanda um tempo prévio de exploração dos dados até sua composição final.
Variedade: Depende das perguntas que o dashboard precisa responder, mas precismos ter tudo em uma página. Imagino que dados muito variados precisem de mais profundidade, o que peça uma nova página de informações, ‘quebrando’ a visualização. Para mim, devem ser de pouca variedade, ‘clusters’ de informação agrupados em tipos de informação.
E nem falei de Excel por aqui, hoje.
(postagem publicada originalmente no blog da Viewsion e agora movido para cá)
Viewsion
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